A farra do download gratuito está chegando ao fim?
O Pirate Bay foi vendido. Para alguns a soma de US$ 7,8 milhões que alguns consideram irrisória. Pode ser que eles tenham razão, já que o site deve receber uma quantidade monstruosa de acessos por dia, e certamente anunciar ali deve custar uma boa grana.
Mas por outro lado, existe toda a complicação legal em que o site se envolveu e certamente não será barato nem fácil legalizar o site como os compradores dizem que farão.
Para isso mudarão todo o sistema do site, no fim essa grana foi apenas pelo domínio thepiratebay.com. O engraçado é quando no site for legalizado e seguir com o nome referente a pirataria.
Talvez mudem para “sailorsbay” ou “corsairsbay”.
Enfim, o interessante nisso tudo é a legalização do site.
Diferente do que fizeram com o Napster, onde só se aproveitou a tecnologia deles e criaram o itunes.
O que querem fazer com o Pirate Bay é algo que está mais de acordo com a realidade da internet e com os hábitos dos usuários. Não pretendem cobrar diretamente pelos downloads dos usuários, mas se desejar usar a rede p2p deles, você terá de se cadastrar e automaticamente ceder parte de sua banda de acesso ao site para que este a revenda a outras empresas interessadas.
Em suma você estará pagando sem sentir, ou até sua taxa de transferência cair vertiginosamente porque uma multinacional está sugando toda a sua capacidade de acesso a ponto de você mal conseguir baixar “gratuitamente” seus filmes, jogos e músicas.
Dizem que vão inclusive dar um retorno financeiro aos usuários do site, pela cessão de banda. Ou seja, além de permitirem que você baixe de graça o que quiser, você ainda vai receber por isso?
Parece bom demais pra ser verdade, até porque a grana da revenda de banda para empresas, será usada principalmente para pagar aos proprietários dos direitos autorais, pelos downloads efetuados.
Logo acho que não vai sobrar muito dinheiro pros usuários. É claro que se raciocinarmos sob a ótica dos americanos e dos europeus, que têm acesso à internet gratuito ou ridiculamente barato além de muito mais eficiente que aqui nós do Brasil e de boa parte do resto do mundo, a coisa pode valer a pena, pois a merreca que o site lhe dará, pode ser compatível com sua perda de banda, e esta perda pode não ser quase sentida.
Por isso que eu ainda vejo a mera propaganda como a melhor forma de manter um negócio desses no ar, sem prejudicar em nada o acesso dos usuários.
Do jeito que o site está hoje no ar, ele funciona muito bem e alterar isso vai forçar uma mudança de hábito nos usuários, que certamente vai refletir numa queda de acessos.
Ao meu ver, o site poderia apenas registrar todas as transferências de arquivos realizadas pelo seu sistema e pagar às empresas proprietárias dos diretos autorais destas obras um valor fixo por cada um deles.
Fim de papo. O site seria um negócio legítimo de distribuição de arquivos.
O dinheiro para o pagamento seria proveniente dos anúncios disponíveis no site. E quantas empresas não pagariam fortunas por um espaço num dos sites que seria sem dúvida um dos mais acessados do mundo? Algo que ele já é hoje.
Com a diferença de que hoje, metade das empresas anunciantes são de origem duvidosa, dada a condição de ilegalidade do site.
Apesar da ganância de alguns artistas e produtores, meu raciocínio não é muito absurdo, pois o próprio itunes cobra bem barato pelos downloads oferecidos e certamente apenas parte dessa grana é usada para pagar às gravadoras pelos direitos, o resto cobre as despesae e certamente sobra lucro. Tudo bem que você acaba sendo obrigado a baixar mais de uma vez cada música do itunes. Você paga para cada máquina onde deseja ter aquela música.
Esta é a principal razão de apenas uma minoria de pessoas usar o serviço.
O hábito criado na internet foi o da gratuidade de tudo que existe ali.
Tentar cobrar das pessoas por algo que pode ser transferido gratuitamente é perda de tempo. Quem ganha dinheiro da internet, o faz com propaganda e adquirindo a maior quantidade de usuários possível, oferecendo um conteúdo atraente. O Google é o maior exemplo disso.
Os poucos casos de distribuição gratuita e legal de músicas via internet, depõem contra o viabilidade de fazer disto um negócio.
RadioHead e Coldplay certamente perderam uma excelente oportunidade de lucrar uma nota preta ao mesmo tempo quem que faziam a felicidade de milhares de fãs. Além de mostrarem ao mundo capitalista que distribuição gratuita de músicas é um mero ato de caridade.
A legalização do Pirate Bay não é da forma que eu julgo ideal, mas caminha na mesma direção, o que é um alento se observarmos outras tendências menos amigáveis de solução para o problema da pirataria.
O método 1984 é no momento o único que alguns políticos conseguem enxergar.
Sarcozy e Aze(re)do são dois exemplos de que a humanidade ainda não está pronta para a internet, além de tantas outras tecnologias.
Sem grilo.
No futuro será tudo de graça. Espero. 🙂
O ponto de vista é bem certo.
Tornar um serviço como o piratebay legal é uma coisa absurda, afinal, o legal daquilo é compartilhar o que temos e dizer foda-se pros capitalistas que nos sugam todos os dias.
O maximo que devia acontecer é como o autor disse (Mas com um dedo meu na ideia) fixar uma taxa para indenizar os parasitas progenitores do que baixamos.
Por exemplo: Baixar um filme custaria X, sendo que lógicamente seria muito menor que o Y que seria cobrado pelo DVD. E tambem poderia ser feito o que o usuario queiser com o arquivo, já que o tio Jobs cobra por maquina (PORRA! Se agente paga, mesmo que pouco é nosso!).
Espero que ninguem involvido com essa merda toda leia isso, mas se chegar ao conhecimento (O que acho MUITO improvavel, já que sou só um brasileiro e nós brasileiros devemos ser tão importantes quanto macacos pra esses filhos da puta) que consigam entender o desleixo que eu e metade dos internautas conscientes temos por eles.