FIQ 2022

O FIQ vive!

Eu ouvia falar do FIQ desde seu início.

Em meio a tantos eventos focados em quadrinhos que surgiram e sumiram após um punhado de edições, o FIQ permaneceu e se consolidou como o mais tradicional e importante para o cenário dos quadrinhos no Brasil.

Meu primeiro FIQ foi em 2013.

Fui apenas como convidado da Editora Devaneio que havia publicado a minha HQ A Carta.
Eu não tinha nada mais para vender, por isso não tinha mesa.
Mas participei da primeira rodada de negócios que o FIQ organizou.
Não fui muito bem-sucedido, ainda sendo um nome bem pouco conhecido e tendo apenas um trabalho publicado.
Apenas perambulei pela serraria e conversei muito com outros quadrinistas que eu conhecia apenas online e outros com os quais eu manteria algum contato desde então.

Após o surgimento da CCXP, muitos anunciaram o fim do FIQ, como se um evento pudesse substituir o outro, ainda mais quando temos tão poucos eventos de quadrinhos e um “mercado” que ainda depende tanto desses eventos para escoar sua produção e cativar novos leitores.

Esse ano voltei ao FIQ, agora como expositor, vários títulos publicados.
Na minha mesa, ainda os últimos exemplares de A Carta.

Vi novos e antigos rostos. Senti falta de outros.

Não pude conversar tanto como gostaria já que cuidar da mesa nos restringe e consome mais do que se imagina.

Ah, desta vez creio que consegui causar boa impressão nos editores na rodada de negócios.

Vi um FIQ muito bem movimentado, até mais do que me lembro de 2013.
Talvez pelo fato de ter sido no Minascentro, bem no coração de BH e de muito fácil acesso a todos.


Esse é o segundo grande evento de que participo, em termos de volume de público e relevância. Então foi mais uma vez a oportunidade de aprender novas lições.


A mais satisfatória delas é que o FIQ segue vivo e deve seguir como exemplo para outros eventos Brasil afora.

Em São Paulo temos a CCXP, no Paraná a Bienal de Curitiba.
Já são 3 eventos de grande relevância regional e nacional, dentre tantos outros mais locais.


Sonho com o dia em que tenhamos ao menos um evento do porte do FIQ ou maior em cada região do país. Esses eventos já vêm se provando bons para as cidades onde eles ocorrem, gerando movimentação e entretenimento para pessoas dali e de fora, por um custo relativamente baixo.

Os quadrinhos são uma excelente porta de entrada para a leitura, além de uma mídia barata e ao mesmo tempo visualmente atrativa para trabalhar temas mais complexos tornando-os mais interessantes ao leitor casual.

Longa vida ao FIQ e ao quadrinho brasileiro.

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