KAIJUMAX
De Zander Cannon
Ou Orange is the new Black com monstros e robôs gigantes.
Esta HQ está sendo publicada em formato de série pela Oni Press e fala sobre esta prisão de segurança máxima para kaijus (aqueles monstros gigantes como o Godzilla que se tornaram populares em séries e filmes japoneses).
O legal é que o autor deve ser muito fã dessas produções então ele encaixa diversas referências através dos diversos personagens da HQ, sem descaradamente plagiar algum personagem específico.
E certamente várias passaram batido por mim que não sou um grande conhecedor ou fã do gênero.
Mas até mesmo para alguém como eu a HQ é divertida e interessante, pois aborda o tema de outra forma.
Neste mundo da KAIJUMAX os monstros gigantes são algo corriqueiro e são mantidos sob relativo controle por diversos super guardiões no melhor estilo super sentai ou vigilantes solitários como o Ultraman. Todos com capacidade de ficar gigantes, controlarem robôs enormes, etc.
Então os kaijus passaram a ser mantidos sob custódia e assim, pacificados, alguns se organizaram em grupos criminosos que mesmo detrás das grades gerenciam tráfico de drogas e outras atividades ilegais, outros tentam se socializar, lutando contra o preconceito de milhões de humanos que os temem e detestam e outros ainda sonham em poder voltar a viver livres e selvagens dando vazão aos seus rompantes de destruição.
Comparei com Orange is the New Black porque a HQ também começa focando em um kaiju que vivia solto e acaba sendo capturado e levado para a KAIJUMAX. Através dele somos apresentados a este ambiente que ocupa toda uma ilha no meio do oceano.
Aos poucos a história começa a focar nos demais personagens que vamos conhecendo ali e assim acompanhamos suas histórias.
Sim, vários clichês de histórias de prisão são usados, mas de forma bem inteligente.
E o autor não se prende a figuras exclusivas do universo dos kaijus. Ele também lança mão de outros monstros e ideias para compor seu universo, transmutando os mesmos em kaijus, até mesmo os o capeta e os deuses antigos do panteão lovecraftiano.
Em certo momento somos brindados com um gangster que é a versão gigante do Pikachu, coberto de tatuagens e sem nenhum traço de alegria no seu semblante.
É uma HQ capaz de fazer rir e chorar.
E claro, vibrar com alguns embates colossais.