Ontem fui ao Rio2C participar do pitching editorial.
Fui um dos 19 selecionados para esse pitching da Rio2C dentre, até onde sei, centenas de candidatos.
Dos 4 projetos que enviei, alguns já publicados e outros inéditos ou mesmo voltados para o audiovisual, Unay foi o escolhido pela banca.
Unay foi minha primeira HQ publicada de maneira independente em 2018.
A proposta do pitching editorial é interessante pois coloca autores de livros e quadrinhos em contato direto com produtoras de audiovisual e editoras de grande porte.
Eu já havia participado de rodadas com editoras no FIQ (2013 e 2022) e também com produtoras de audiovisual (2022).
Espero que esse tenha sido o primeiro de muitos pitchings editoriais, não apenas no Rio2C, mas em outros eventos Brasil afora.
Existem excelentes ideias e histórias circulando por aí prontas para se tornarem belos filmes ou ganharem mais destaque nas mãos de editoras maiores.
O Pitching Editorial e os Frutos da Experiência
Por ser uma antologia, Unay não é o projeto mais fácil de ser vendido para uma produtora de audiovisual, ou mesmo para uma editora.
Contudo, é uma HQ com a qual eu convivo há 5 anos, que já conheço e vendo muito bem.
A experiência de ter mandado sinopses da Unay para editais, concursos, editoras, etc, me possibilita falar sobre ela de maneira bem resumida.
Sei narrar cada uma das histórias e ressaltar a essência da obra como um todo.
Outra coisa que ajuda muito é participar de feiras de quadrinhos.
Nós quadrinistas ralamos nesses eventos para vender nossas obras, mas isso forja a ferro e fogo o autor.
Porque é atrás da mesa, que aprendemos a criar frases curtas de venda que sintetizam bem cada HQ.
Quando buscamos atrair o interesse das pessoas para fazer as vendas em meio a tantas opções.
Num pitching essas frases se tornam as loglines, tão difíceis de criar de outra forma.
Mas após vários eventos conseguimos testar várias loglines até chegar a uma ou duas que fazem os olhos das pessoas brilharem.
Então, sabemos que conseguiremos vender uma HQ.
Bom, no mínimo, ganhamos alguém que vai seguir nosso perfil nas redes e comprar futuramente.
Sim, eu li no meu pitching, sei que não é o ideal, mas a memória não é meu forte.
Preciso trabalhar isso.
Sem um texto eu costumo travar, perder tempo lembrando do que eu deveria falar.
Como o tempo era curtíssimo na Rio2C, apenas seis minutos, preferi cometer essa gafe menor.
A alternativa era estourar o tempo sabendo que deixei de falar de vários pontos importantes.
Creio ter atraído a atenção de algumas produtoras presentes.
Consegui responder as perguntas a contento.
Agora é aguardar para ver se essa semente germina.
Adentrando o Mercado Audiovisual
Há pouco mais de um ano comecei a trilhar esse caminho do mercado audiovisual.
Estou em busca de outras oportunidades de trabalho com criador de histórias e roteirista.
Tenho aprendido muito e histórias novas surgiram desse pensamento em filmes e séries.
Ainda estou no início, porque se trata de um novo processo de escrita e criação.
Minha experiência com quadrinhos conta, como mencionei acima.
Mas ainda sou um neófito para o audiovisual e participar desse pitichng editorial na Rio2C foi apenas mais um passo.
Porém, espero que em mais um ano eu consiga ter um portfólio encorpado.
Repleto de projetos bem desenvolvidos para exibir em futuros pitchings e rodadas de negócio.
Isso, além das HQs que sigo produzindo.