WordPress ou: Como parei de me preocupar e instalei o maldito blog.

Algumas dicas para quem pretende ter um blog.

Criar um blog é uma coisa muito chata, espero que manter um seja mais interessante.

Bom, pelo menos eu posso postar e dizer o quão trabalhosa é esta empreitada e deixar o aviso aos incautos para não se sentirem frustrados ou menos competentes.

Um pouco mais complicado que isto.
Um pouco mais complicado que isto.

Não farei uma análise da usabilidade dos serviços, mas é fato que 90% dos problemas encontrados passa pela falta da mesma.

Recomendo um forte motivo para se ter um blog. Você saberá o quão forte este motivo é o quanto você avançar na criação. Se desistir no meio aceite a derrota e descubra uma razão mais forte.

– Qualquer um pode ter um blog?

Criar um blog não é tão simples como parece. Esta é a primeira conclusão a que cheguei logo no meu primeiro contato com este universo alguns anos atrás.

A idéia que eu tinha era de que qualquer um poderia ter seu “site” tal a facilidade que era criar um blog e postar. Muitas pessoas que possuem blogs não têm conhecimento algum de HTML que dirá de linguagens mais complexas, logo eu poderia ter um num piscar de olhos bastava querer.

Devo admitir que o blogger.blogspot é um serviço bem tranqüilo. Você é conduzido por um passo-a-passo e termina com um blog. Se as suas pretenções terminam ai está tudo muito bem, mas pobre de quem decide se empolgar e inventar coisas que fujam ao B+A=BA.

Os temas são pouco maleáveis e a mera substituição de uma imagem no cabeçalho já significa adentrar o código HTML e buscar onde aquela imagem deve ser referenciada. E tem que ser uma imagem online. Nada de inserir imagens que estejam no seu computador, não existe esta opção.

A partir dai um usuário comum já desiste de inovar e se conforma com o que tem.

No caso do blogger algumas funcionalidades são mais automatizadas, por ser este um serviço da Google, os demais serviços da empresa tendem a se encaixar bem em qualquer blog.blogspot.

– Mas eu não sou leigo e quero algo a mais.

Então prepare-se para bater cabeça. Criar um blog com “algo a mais ” é quase tão trabalhoso quanto criar um site do zero. A diferença é que mesmo sem conhecer linguagens dinâmicas, como é o meu caso, você poderá fazer uso das mesmas. Mas é fundamental ter ao menos uma noção de HTML e CSS, porque o “algo a mais” deve sempre ser inserido direto no código. Inclusive alguns pluggins mais recentes necessitam de adaptações.

Não este css.
Não este css.

Uma coisa leva a outra e logo você chega à conclusão de que não adianta insistir com o .blogspot, você precisa ter um domínio próprio e hospedar seu site num provedor que suporte PHP e outras frescuras.

Comece a entender de FTP, URL, etc… A minha experiência prova que a maioria das pessoas não sabe diferenciar domínio de provedor, mesmo sendo usuários de internet.

Ou seja, aquele jornalista ou aquela garotinha de 13 anos que têm blogs super transados e criativos? Pagaram alguém pra fazer ou têm bons amigos no ramo.

Outro amigo.
Outro amigo.

– WordPress a salvação da lavoura!!

E mais do que nunca, só pra quem conhece do babado.

Comece entendendo que o wordpress não é um serviço, mas dois.

Isto faz uma enorme diferença, pois no começo eu não entendia a diferença entre os sites wordpress.com e wordpress.org. E isto não está óbvio em nenhum dos dois.

Pode ser culpa da relativa boa experiência de usabilidade que tive com o blogger, ajudando minha noiva a criar seu blog mas me senti bastante confuso ao navegar por ambos os sites.

Com o tempo se percebe que o wordpress.com é um .blogspot da vida, só que menos amigável e mais limitado na minha opinião.  A idéia de ser um blog wordpress, tão bem falado provoca a ilusão de que haverá uma infinidade de possibilidades além, mas o que você encontra é o mesmo feijão com arroz, e lamba os beiços.  Alguns extras são oferecidos mediante pagamento!

O wordpress.org é que é o tão alardeado WordPress.  Mas como entrei no site com a idéia fixa de se tratar de um serviço superior ao do blogger e me perguntando: “Onde eu crio esta porcaria de blog?”, não atentei para o tímido link na tela inicial (Learn more about WordPress). Apenas depois de me frustrar com os extensos e enrolados textos da “in-famous  5 hour installation”, e comecei a vasculhar todo o site a esmo, é que acabei me deparando com a tela para onde link acima levava. No 3º parágrafo está a distinção entre ambos.

 

Como não havia percebido antes?!
Como não havia percebido antes?!

OBS.: Uma dica de usabilidade e arquitetura da informação seria evidenciar mais esta distinção em ambos os sites. Pouparia tempo das pessoas se perguntando sobre o porquê de ter de baixar o wordpress num site se no outro eu já foi criado um.

Então no fim das contas o wp.com nada tem a ver com o wp.org? Mais ou menos.

Ao menos agora eu sei que estou no caminho certo e terei meu blog aberto a modificações. Só resta arregaçar as mangas e encarar a instalação sacal, convencido de que estou criando um site e não apenas um blog. Convencido também de que se eu queria ter o site no ar eu deveria buscar as informações no Google, e não no site do wordpress.org onde cada explicação gera mais dúvidas que soluciona.

OBS.: Quanto piores os sites mais dinheiro o Google ganha. Pensem nisso. No caso do wordpress, tudo de que necessito poderia estar ali, o site é enorme e repleto de explicações e hiperlinks internos, mas é tudo tão mal escrito e segue uma lógica tão artificial que você é obrigado a buscar em outros sites usando o Google.

– Daí em diante a coisa flui.

Felizmente não estou sozinho nisso e existe uma infinidade de sites e fóruns com excelentes explicações para cada dúvida. 

Encontrei, inclusive, um que explica como instalar o wordpress no servidor gratuito que já havia decidido experimentar. Tava até fácil demais.

Ainda assim é um processo trabalhoso, e você precisa ter as ferramentas adequadas para operar os códigos, além de um conhecimento mínimo sobre manutenção de sites. Algumas dicas voltadas para usuários menos experientes podem acabar causando mais transtornos, como o conselho de se instalar um uploader de FTP para colocar o site no ar.

O meu provedor, por exemplo, possui um sistema de gerenciamento de arquivos que dispensa qualquer outro programa e é bem fácil de operar, ou tão complicado como um programa específico.

E repito, isto só leva 5 minutos se o seu trabalho for colocar blogs no ar diariamente. Ao menos o blogger foi mais honesto em dividir a criação dos seus blogs em “3 passos simples”, se você levar 5 minutos ou 5 dias não é problema deles.

– Enfeitando o pavão.

Este é o principal motivo da instalação não levar apenas 5 minutos. A graça de se dar ao trabalho de criar um domínio, encontrar um provedor e ter subir um site é você ter um blog à “sua imagem e semelhança”.

Os themes, ou visuais disponíveis para este modelo de wordpress são diversos. Já tendo em mente o que você deseja é fácil encontrar um que seja ao menos próximo e exija poucas modificações. Para minha surpresa e conforto encontrei um que me exigiu pouco trabalho, basicamente troquei apenas a imagem de fundo para manter a relação com meu antigo site que agora é apenas meu portfolio e porque eu gosto do meu teclado encardido, além de outras questões semânticas que esta imagem invoca.

Mas é possível fazer de tudo com o visual, sabendo usar CSS e HTML. O mérito do wordpress é que seus códigos estão de acordo com as normas e sugestões da W3C, tudo está bem organizado e geralmente comentado.

Ao acrescentar e remover plugins e widgets acabei descobrindo que o cadastro no wordpress.com não é inútil no fim das contas, pois você precisa dele para ativar alguns e também para inserir outras características que só então se tornam disponíveis no painel de controle do wordpress.org. Mais uma forma de complicar a vida do usuário, obrigando-o a monitorar sempre dois cadastros.

Isso simplificaria as coisas.
Usuário insatisfeito.

– Finalmente o blog!!

E o importante é o aprendizado depois de horas e dias. Transformei uma semana inútil neste lugar para falar o que me der na telha e expor meus trabalhos. Este primeiro post fica como uma introdução sobre blogs, com informações que se eu tivesse antes, me facilitariam muito a vida.

No momento ainda existem alguns ajustes finos mas isso vai com o tempo.

Ao vencedor as batatas.
Ao vencedor as batatas.

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