Night Shift

Stephen King no seu melhor. E por isso eu digo, escrevendo contos. 

Night Shift (1986 edition) | Open Library

Por muito tempo tive preconceito com o autor porque definitivamente os filmes baseados em suas obras não fazem justiça ao material original. 

Muitos dos filmes se originaram desta coleção de contos e acabaram estragando as histórias em busca de torná-las mais “realistas” ou ao estendê-las e assim perdendo o tempo certo da revelação e do impacto da história, que em um conto (especialmente de terror) bem escrito é sempre uma pancada certeira. 

Outros filmes, baseados em romances do autor e que definitivamente não são suas melhores obras. Resultam em filmes também pouco interessantes.
O Stephen king escreve contos muito bem, mas nos romances ele se deixa levar pelos personagens e pela história que simplesmente se esgotam e terminam sem graça. Começam muito bem, mas são como cupcakes que perdem a graça após comermos o topo. 

Eu comecei a curtir o Stephen King após ler uma coletânea de 4 contos longos que justamente deram origem a duas das melhores adaptações do autor para o cinema. 

O livro se chama “Different Seasons” e traz os contos: “The Body” (que originou o filme Conta Comigo), “Rita Hayworth and Shawshank Redemption” (que originou Um Sonho de Liberdade), “Apt Pupil” (Verão da Corrupção), que também deu origem a um filme, mas de menor sucesso ainda que a história seja excelente e a adaptação também. 

O que essas 3 histórias têm em comum? São todos dramas sem nada de sobrenatural e claro, contos. 

O único romance do autor que eu julgo realmente bom é “The Green Mile” que originou o filme A Espera de um Milagre. Este tem um fator sobrenatural, mas não é nem de longe uma história de terror. É um grande drama. 

Então eu curto o Stephen King autor de belos dramas. 

O Stephen King mestre do terror é o resultado dos seus dramas que acabaram tendo consequências bizarras. 🙂 

Com ele eu aprendi que a boa história de terror não é aquela onde você dá um susto no leitor ou descreve criaturas horripilantes, mas aquela onde você faz com que o seu leitor conheça bem os protagonistas e se importe com eles, crie alguma simpatia por eles, se interesse pelos mistérios que começam a envolvê-los. E quando as coisas começarem a ficar perigosas, você sinta medo pelo que pode acontecer a eles. 

Outro prazer de ler obras do Stephen King é, ao menos para quem escreve, ler os comentários dele sobre as obras, perceber várias semelhanças e entender melhor como ele trabalha. 

Mas sobre o Night Shift, trata-se de uma bela coletânea com excelentes histórias, muitas já adaptadas para cinema e séries como “Nightmares and Dreamscapes”. Leiam sem medo. 

E se querem ficar a par do que eu já li ou ando lendo, me sigam no Goodreads (https://www.goodreads.com/user/show/10718692-carlos), uma rede social onde vocês podem ver o que seus amigos leem e recomendam, catalogar suas leituras e planejar o que ainda pretende ler. 

Todo o ano você pode definir uma meta de leitura e buscar batê-la.  

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